Então, estão gostando da nova fic? Eu tô amando escrever, e tô aproveitando que tô com tempo e saí daquele bloqueio criativo pra me jogar de cabeça nela! Espero que vocês estejam gostando e estou tentando postar capítulos diários (já tenho o próximo cap e metade do outro prontos :D)
Então só pra anunciar que estou com uma ask também, mandem perguntas (sobre a fic ou sobre eu mesma haha) e que espero que vocês estejam gostando da fic do mesmo jeito que estou gostando de escrever! Obrigada a todos que me incentivam!
Ask: https://ask.fm/katemynameis
domingo, 30 de abril de 2017
sábado, 29 de abril de 2017
O começo do fim - Valentine's Day
- Desci as escadas e dei de cara com a sala de jantar lotada, minha família praticamente inteira estava ali. Abracei cada um e sorri bastante, até que localizei minha avó, sentada na ponta da mesa. Lhe dei um abraço mais do que apertado e não consegui conter o sorriso no rosto.
- Minha avó era o ser mais amor de todos. Eu passava todas as ferias com ela quando era pequena, ela era bem avó de filme, biscoitos assados na hora, bom dia com abraços enormes. E eu estava morrendo de saudade dela.
- Sentei na mesa e todos começaram a comer. Minha familia por parte de pai era enorme, aí que as áreas de lazer enormes na casa faziam sentido. Se quiséssemos fazer um churrasco as duas áreas ficavam lotadas e eu não me lembrava da metade das pessoas. Quando terminei de comer fui pra área com minhas primas Kelly e Lyandra, ambas com 18 anos.
-E os namorados prima? - Perguntou Kelly
-Nenhum - Eu disse.
-Você demorou tanto a descer que pensava que ia descer com o mozao - Disse Lyandra rindo
-Não tem nenhum - Eu disse enquanto sentávamos na cadeira de balanço. Elas ficaram me encarando segurando a risada - O que foi?
-Vimos você descendo com o garoto pela porta dos fundos - Disse Lya. Porra. Olhei pra ela arregalando os olhos -Relaxa não vamos contar nada. E aí, como foi? Sua primeira vez né?
E eu dei assunto dizendo que era. Mas não foi. Minha primeira vez tinha sido com Gabriel da maneira mais errada possível e eu me arrependia loucamente daquele dia. Mas fazer o que, não podia fazer nada. Inventei pra elas que era um amigo meu e que não estávamos juntos, o que não era de todo mentira.
Meu pai chegou e eu me calei na hora. Ele sentou no banco na frente da gente e disse.
-Filha hoje tenho um jantar de negócios e vou chegar bem tarde. Se quiser convidar Jane e Lucas... Vou chegar bem tarde.
Assenti e peguei meu celular pra ligar pra eles. Liguei pra Lucas primeiro.
-Fala senta na vara - Ele atendeu
-Ooi, como tá a ressaca? - Perguntei rindo baixinho enquanto andava no jardim
-A qualquer momento minha cabeça sai do pescoço e se joga da ponte - Ele disse
-Drama. Tá afim de dormir aqui hoje? No meu pai - Eu disse
-Claro, vc acha q eu iria recusar ir p esse paraíso. Umas 19h eu tô aí pode ser?
-Pode, vou ligar pra Jane ver se ela vem também - Eu disse e desliguei
Apertei em chamar para Jane e ela disse que também iria. Noite feita.
Meu celular vibrou com um Snapchat de Gabriel. Quantas vezes eu teria que mandar ele se fuder antes de querer socializar comigo?
Fui me despedindo dos parentes até que não restava mais ninguém, só eu, meu pai e os empregados limpando tudo. Já eram 17h então Jane e Lucas não estavam tão longe de chegar por aqui.
Voltei pro celular e minha curiosidade me venceu. Jurei pra mim mesma que iria abrir só o snap do Gabriel e iria ignorar. Apertei no quadradinho rosa e vi uma foto de Justin e Sasha abraçados tirando uma sefie no celular dela. "Meu casal" dizia a legenda de Gabriel.
Dei uma fraquejada. Me senti trêmula. Então Justin e Sasha estavam juntos certo? Na real já era de se esperar, o lance dos populares se unirem e tal... acontece né? De qualquer forma eu sabia que era só uma transa. Eu acho.
Júlio apareceu, saindo da área de serviço em que ficava seu quarto e se sentou na bancada ao meu lado.
-No próximo almoço de família você me avisa que eu pego um atestado - Ele disse sorrindo
-No próximo eu quero ficar sabendo antes de começar - Eu disse rindo de volta.
Ficamos trocando conversa fiada como sempre. Júlio era uma das melhores pessoas pra socializar, ele puxava assuntos do nada e a conversa rendia horas.
Logo meu pai desce as escadas de terno e gravata. Festas de negócios eram trabalho. Ele me deu um abraço
-Volto tarde, não me espere ok? - Ele disse e eu assenti - Amanhã te entrego seu presente, não marque nada para a noite, vamos sair. Até amanhã - Ele me soltou e pegou as chaves - Até amanhã Júlio
-Até - Nos dissemos em uníssono.
Continuamos conversando até que Jane e Lucas chegaram. Fomos pro meu quarto pegar a maior quantidade de colchões possíveis e o tabuleiro Ouija que sempre jogávamos quando dormíamos sozinhos em algum lugar.
-Nunca perde a graça - Disse Jane
Quando terminamos descemos pra cozinha e pedimos Júlio que nos fizesse qualquer comida rápida antes de ele sair, ele fez um escondidinho simples e deixou no forno.
-Tirem em 20 minutos. Ah, e por favor se quiserem beber peguem no quarto dos fundos no frigobar escrito Júlio, se pegar daqui seu pai vê - Ele disse brincando mas falando um tanto sério.
-Claro, boa festa - Eu disse me referindo à balada que ele iria hoje.
Logo nos comemos e sentamos para assistir filme. Peguei meu celular e tinham mensagens de Justin.
"Ei?"
"Quando puder responder, queria falar com você"
"Vamos sair hoje?"
Respondi seca
"Estou em casa com Jane e Lucas, não rola"
Ele respondeu na hora
"Ah sim. Tá afim de almoçar comigo amanhã?"
Respondi
"Acho melhor não"
"O que aconteceu?" Ele mandou
"Acho que você sabe... não vou te atrapalhar, rlx foi segredo."
E ele parou de responder. Eu estava certa.
Deu 00:00 então fomos pro quarto, desligamos todas as luzes e sentamos nos colchões no chão. Colocamos o tabuleiro e cada um segurou numa ponta no triângulo com um corte circular no meio.
(Pra quem não sabe o Tabuleiro Ouija é um "jogo" para falar com espíritos, contém um tabuleiro com o alfabeto no meio, um "sim" é um "não" em cada canto. Um triângulo com um círculo aberto no meio feito para circular as letras ou o "sim não")
Cada um segurou um canto do triângulo e sentimos o nervosismo que sempre rolava quando jogávamos. Apertei o botão da cama que desligava a luz e ficamos apenas nos e a luz de uma vela na escrivaninha. Lucas começou
-Tem alguém aí? - Nada da resposta - TEM ALGUÉM AÍ? - Ele gritou assustando eu e Jane que rimos mas de desespero.
Logo o triângulo se mexeu para o Sim. Nos entreolhamos imaginando que podia ser qualquer um de nós puxando mas aceitamos que eram os espíritos.
-Alguém tem alguma pergunta? - Ele disse olhando pra mim e Jane. Tinha milhões mas me calei.
-Chris está realmente em casa? - Disse Jane e Lucas revirou os olhos.
-Chris está realmente em casa? - Disse Lucas
O triângulo se moveu para o Sim novamente. Agora Jane calava a porra da boca. Lucas levantou a mão mostrando que tinha uma pergunta.
-Justin e Mary desapareceram ontem da festa realmente sem motivos? - Ele disse com um sorriso no rosto e Jane riu alto.
-Ei vocês foram embora e me deixaram sozinhos! - Protestei
-Shhhhhh deixe os espíritos responderem - Disse Lucas
O triângulo se moveu para o não. Eles riram e eu fechei a cara.
-Para onde eles foram? -Lucas disse
O triângulo começou a se mover cada vez mais rapido. Primeiro no A depois no Q depois U depois I. Aqui.
-Me diz que vocês não transaram - Disse Jane me olhando
-Ah você sabe que é só um jogo. Vocês provavelmente fizeram isso, nem aqui ele veio. - Eu disse me defendendo.
-Então vamos descobrir. - Disse Lucas se fazendo de misterioso - O que eles fizeram neste quarto, espíritos?
O triângulo foi se movendo e escreveu "Sexo". Haha Lucas bem engraçado, pensei.
Protestei falando que não e os dois continuavam dizendo que não tinham sido eles quem mexeu o triângulo.
-Claro que foi!
-Não fiz nada - Disse Jane
-Eu só segui a pergunta, minha mão ficou paradinha - Disse Lucas - Ouviu isso?
-Para de tentar me assustar - Eu disse
-Dessa vez eu ouvi também Mary - disse Jane segurando firme no cobertor.
-Parem não vai colar - Eu disse já ficando com raiva.
De repente a porta se abriu. Dei um grito muito alto e liguei a luz. Justin estava na porta.
-Garoto da próxima vez pensa em mandar uma mensagem, eu sou cardíaca - Disse Jane tremendo.
-Acho que eu tô tremendo - Disse Lucas
-Justin? Tá fazendo o que merdas aqui? - Eu disse ainda assustada com a mão no seio.
-Eu te mandei mensagem mas você não respondeu. - Ele disse com cara de tonto.
-Talvez tivesse me chamado lá embaixo - Fiz cara de interrogação
-Eu chamei, mas não tinha ninguém e a porta tava aberta. Podemos conversar?
-Tô ocupada. - Eu disse
-Não tá não - Disse Lucas
-Ah mas não tá meeeesmo - Disse Jane.
Olhei pra eles os fulminando pelo olhar. Levantei do colchão e segui até a porta. Quando sai do quarto ouvi os barulhos dos dois correndo claramente pra ouvir a gnt.
Agarrei o braço de Justin e subi com ele pra sala de jogos, fechando a porta de vidro atras de nós. Liguei a luz.
-Fala - Eu disse seca, sentando numa mesa de sinuca.
-O que aconteceu?? - Ele disse chegando mais perto
-Sínico - Eu disse
-O que? Sério eu n tô te entendendo - Ele disse
-Nada ué, eu só disse que continuamos um segredo né? Pode ficar tranquilo que não vou contar pra ninguém nem Lucas e Jane sabem
-De que segredo você tá falando? Eu não quero que a gente seja um segredo Mary - Ele disse
-Haha - Eu ri irônica - Sua namorada não vai gostar disso
-Namodada?? - ele olhou com mais confusão do que eu quando vi o snap
-Gabriel me mandou foto sua com ela - Eu disse
-Ela quem?
-SASHA - Praticamente gritei
-Sasha é minha prima, eu nunca nem encostei nela com segundas intenções - Justin disse com cara de nojo .
Por um momento eu me senti estupida. No momento seguinte eu já estava vermelha de vergonha
-Gabriel mandou uma foto de vocês abraçados escrito "melhor casal"- Eu disse abaixando a cabeça
-Gabriel vem fazendo qualquer tipo de merda desde que ele descobriu que você era meu contato do dia dos namorados. É só por sua causa. - Ele disse
-A única coisa que ele quer é acabar com qualquer segundo de felicidade que eu tenha - Eu disse
-Porque ele não te superou - Ele disse
Eu comecei a rir
-É sério - Ele disse
-Ele é um babaca, e você sabe disso - Eu disse
-Todo mundo sabe na verdade - Ele disse rindo - Mas você tava falando sério do negocio ser segredo?
-Negocio? - Eu disse um pouco rindo um pouco magoada
-Nós - Ele falou finalmente me olhando nos olhos
-Só se você quiser
Ele sorriu e me agarrou pela cintura me beijando. Nos beijamos por algum tempo até eu localizar Jane e Lucas atras da porta vendo tudo.
Abri a porta rápido e gritei "fofoqueiros" rindo.
A partir disso a noite foi um borrão rápido. Justin foi embora e eu e os meninos deitamos pra dormir.
Acordamos na manhã seguinte (se 13h conta como manhã) e comemos um almoço que Júlio fez rapidamente para nós e Jane e Lucas foram embora. Meu pai me chamou para olhar o tal presente no quarto dele e quando cheguei lá fiquei sem palavras...
sexta-feira, 28 de abril de 2017
Almoço em família - Valentine's Day
- Desci as escadas e dei de cara com a sala de jantar lotada, minha família praticamente inteira estava ali. Abracei cada um e sorri bastante, até que localizei minha avó, sentada na ponta da mesa. Lhe dei um abraço mais do que apertado e não consegui conter o sorriso no rosto.
- Minha avó era o ser mais amor de todos. Eu passava todas as ferias com ela quando era pequena, ela era bem avó de filme, biscoitos assados na hora, bom dia com abraços enormes. E eu estava morrendo de saudade dela.
- Sentei na mesa e todos começaram a comer. Minha familia por parte de pai era enorme, aí que as áreas de lazer enormes na casa faziam sentido. Se quiséssemos fazer um churrasco as duas áreas ficavam lotadas e eu não me lembrava da metade das pessoas. Quando terminei de comer fui pra área com minhas primas Kelly e Lyandra, ambas com 18 anos.
-E os namorados prima? - Perguntou Kelly
-Nenhum - Eu disse.
-Você demorou tanto a descer que pensava que ia descer com o mozao - Disse Lyandra rindo
-Não tem nenhum - Eu disse enquanto sentávamos na cadeira de balanço. Elas ficaram me encarando segurando a risada - O que foi?
-Vimos você descendo com o garoto pela porta dos fundos - Disse Lya. Porra. Olhei pra ela arregalando os olhos -Relaxa não vamos contar nada. E aí, como foi? Sua primeira vez né?
E eu dei assunto dizendo que era. Mas não foi. Minha primeira vez tinha sido com Gabriel da maneira mais errada possível e eu me arrependia loucamente daquele dia. Mas fazer o que, não podia fazer nada. Inventei pra elas que era um amigo meu e que não estávamos juntos, o que não era de todo mentira.
Meu pai chegou e eu me calei na hora. Ele sentou no banco na frente da gente e disse.
-Filha hoje tenho um jantar de negócios e vou chegar bem tarde. Se quiser convidar Jane e Lucas... Vou chegar bem tarde.
Assenti e peguei meu celular pra ligar pra eles. Liguei pra Lucas primeiro.
-Fala senta na vara - Ele atendeu
-Ooi, como tá a ressaca? - Perguntei rindo baixinho enquanto andava no jardim
-A qualquer momento minha cabeça sai do pescoço e se joga da ponte - Ele disse
-Drama. Tá afim de dormir aqui hoje? No meu pai - Eu disse
-Claro, vc acha q eu iria recusar ir p esse paraíso. Umas 19h eu tô aí pode ser?
-Pode, vou ligar pra Jane ver se ela vem também - Eu disse e desliguei
Apertei em chamar para Jane e ela disse que também iria. Noite feita.
Meu celular vibrou com um Snapchat de Gabriel. Quantas vezes eu teria que mandar ele se fuder antes de querer socializar comigo?
Fui me despedindo dos parentes até que não restava mais ninguém, só eu, meu pai e os empregados limpando tudo. Já eram 17h então Jane e Lucas não estavam tão longe de chegar por aqui.
Voltei pro celular e minha curiosidade me venceu. Jurei pra mim mesma que iria abrir só o snap do Gabriel e iria ignorar. Apertei no quadradinho rosa e vi uma foto de Justin e Sasha encostando as línguas tirando uma sefie no celular dela. "Meu casal" dizia a legenda de Gabriel.
Dei uma fraquejada. Me senti trêmula. Então Justin e Sasha estavam juntos certo? Na real já era de se esperar, o lance dos populares se unirem e tal
quarta-feira, 26 de abril de 2017
Coachella - Valentine's Day
⚠️ AVISO ⚠️
CAPITULO HOT(Se você se ofende ou não curte muito)
Segui o caminho até chegar num lugar totalmente silencioso e lá atras era maravilhoso. Parecia mais uma floresta particular, cheio de árvores e logo eu vi a primeira rosa vermelha. Fui até lá e fiquei sem ar. Achei o banco azul mas também achei ele. Sentado no banco com o celular na mão estava Justin Bieber. Ele não percebeu que eu havia chegado, então dei um passo pra trás e peguei meu celular.
CAPITULO HOT(Se você se ofende ou não curte muito)
Segui o caminho até chegar num lugar totalmente silencioso e lá atras era maravilhoso. Parecia mais uma floresta particular, cheio de árvores e logo eu vi a primeira rosa vermelha. Fui até lá e fiquei sem ar. Achei o banco azul mas também achei ele. Sentado no banco com o celular na mão estava Justin Bieber. Ele não percebeu que eu havia chegado, então dei um passo pra trás e peguei meu celular.
Mandei uma mensagem
"Cadê você?"
E o celular dele apitou. Merda.
-Aqui - Ele gritou.
Dei um passo pra frente e o olhei incrédula. Eu queria sair dali o mais rápido o possível.
-Mas que porra é isso? - Eu disse
-Que? - Ele disse parecendo confuso
-Não é você. - Eu disse sentindo minhas mãos começarem a tremer.
-Sou eu.
Ele parecia sentir vergonha. Nunca na vida eu tinha visto Justin ficar calado ou tratar alguém bem. Nunca até conversar com ele sem saber quem era. Sentei do lado dele no banco e ele pareceu soltar o fôlego. Peguei o celular e mandei:
"Você era a última pessoa que eu achava que fosse"
Ele leu e deu uma risada fraca, me respondendo:
"Me perdoa por ontem à noite"
Ele se referia ao meu short. Eu ri e olhei pra ele.
-Se você parasse com essa porra de ser um cafajeste, você é até legal. - Dei um empurrão de leve no ombro dele
-Se você largasse essa pose de que vai matar alguém se te olharem torto, você é até legal - Ele me imitou rindo
-Eu nunca fiz isso! - Eu disse fingindo estar ofendida
-Você deu um tapa na cara de Gabriel. E eu vejo como você chega na escola, parece que odeia aquele lugar.
-E odeio mesmo.
-Viu - Ele disse apontando pra mim
-Viu nada garoto - Eu segurei o dedo dele e abaixei.
Nossos olhos se encontraram. Merda. Ele era lindo. Coloquei na minha cabeça que Justin era tão babaca que esqueci daquela beleza escultural. Seus olhos castanhos brilhavam com a luz dos refletores no chão e seu lábio superior se erguia num sorrisinho leve.
-Tá rindo de quê? - Perguntei quebrando o gelo.
-Sei lá - ele deu uma gargalhada leve - Achei que a gente nunca mais ia conversar depois de você e o Gabriel.
-Gabriel me distanciou de todos os meus amigos e os dele. A gente só conversou uma vez e você lembra que eu estava bêbada, não valeu.
-Valeu pela parte de você me chamar de babaca falar que eu só faço merda - Ele disse
-Bêbado não mente - Eu disse rindo. Meu celular começou a tocar e marcava Jane no chamador. Essa garota é pior que eu. Atendi e abaixei o volume pra Justin não escutar nada.
-Fala gata
-E aí quem é ? - Jane e Lucas disseram em uníssono
-Tô ocupada
-Mentira garota vocês já tão se pegando? - Jane disse
-Vai se fuder meu Deus - Eu disse e Justin deu uma gargalhada alta
-Nossa que risada linda - Jane disse
-Pelo menos parece tar dando certo. Deu certo? - Disse Lucas
-Não sei, já te ligo de volta - Eu disse pra encerrar a chamada.
-Quem era? - Justin perguntou
-Meu irmão. - Menti
Ficamos num silêncio constrangedor por alguns segundos.
-Acho que tenho que ir- Eu disse
-Pensei que fosse ficar mais - Justin disse parecendo me segurar
-Tenho até 1h da manhã por aqui. A gente se vê - Eu disse e a gente se abraçou - Acho que vou por dentro da casa, assim ninguém desconfia
Ele assentiu e eu entrei na porta dos fundos e segui até a área da frente. Chegando lá senti um puxão no meu colete e dei longos passos pra trás assustada, fui puxada até o corredor e virei pra encarar quem era. Justin. Ele me empurrou na parede e se inclinou pra me beijar. Não hesitei em agarrar seu pescoço e o beijar. Foi um beijo selvagem, com mais desejo do que carinho. Ele passou a mão por minha bunda e eu arfei, ficando na ponta dos pés para o alcançar. Ele ergueu minhas pernas e eu me agarrei em sua cintura sem interromper o beijo. Ele começou a me dar chupões no pescoço e eu puxava seu cabelo sussurrando "não deixa marca". Logo ouvi a voz de Sasha falando:
-Vem vou te mostrar o banheiro.
Empurrei Justin e me recompus, enquanto via ela chegando, saí praticamente correndo dali, chegando na área. Comecei a procurar Jane e Lucas na multidão de bêbados e animados ali no meio. Vi de longe Jane e Chris no sofá e Lucas com um copo quase vazio do lado deles.
Eu ainda estava ofegante então parei pra pegar um pouco de uma batida colocada num balde com Deus lá sabe o que dentro. Fui andando até eles e vi os olhos de Jane se arregalarem ao me ver.
-Putaaaaaaaa e aí quem é??- Ela gritou segurando meus cabelos enquanto eu sentava entre ela e Lucas.
-Ele sai daqui antes de eu falar - Falei olhando pra Chris.
-Eu quero saber também - Ele disse
-Tchau tchau tchau sai - Lucas disse e Chris saiu fazendo movimentos imitando ele.
-Conta logo vagabunda eu tô nervoso já - Ele disse
-Justin Bieber - Falei e vi as expressões de ambos desmoronarem na minha cara.
-Porra Mary perdi a fé em você - Disse Jane
-Ele não era gentil e legal? - Disse Lucas enrolando a língua de tão bêbado
-Era. Na verdade é. A gente conversou bastante até. Foi tranquilo. - Eu disse tentando esquecer aquele beijo no corredor
-Você ta tão vermelha que da pra ver na sua cara que você beijou ele - Disse Lucas
-Claro que não
-VOCÊ BEIJOU O BIEBER? - Berrou Jane.
-Fala baixo filha da puta. - Eu disse e os dois me encararam freneticamente.
Encerrei o assunto e fui pegar mais bebida. Eram 00:00 em ponto quando percebi que estava suficientemente bêbada pra não conseguir ligar pro motorista.
Quase todo mundo tinha ido embora e eu estava abraçada numa garrafa de Jack Daniel's sentada no sofá. Justin sentou do meu lado e me ofereceu carona. Como eu não podia fazer nada, aceitei.
No caminho tive que colocar o endereço de meu pai no gps dele porque não lembrava o caminho. Logo a bebida foi se dispersando e eu voltando a sobriedade pouco a pouco. Parou na entrada do condomínio e eu dei autorização do porteiro pro carro entrar. Chegou na casa eu não conseguia subir as escadas.
Justin desceu do carro e me ajudou a entrar. Pedi que ele me levasse para meu quarto. Chegando lá tirei as botas enquanto ele ficava parado me olhando. Ouvi os passos de meu pai.
-Merda merda merda entra no banheiro - Eu sussurrava enquanto empurrava ele
-Meu amor? - Meu pai disse abrindo a porta
-Oi pai - Fiz minha melhor imitação sóbria
-Vou dormir, boa noite. - Ele disse e me jogou um beijo.
Ele fechou a porta e eu corri pra trancar. Soltei o fôlego e Justin saiu do banheiro.
-Papai não deixa ficar de porta fechada com meninos ? - Ele disse fazendo uma piada
-Eu ainda te bato garoto - Eu disse tirando meu colete e jogando num canto no quarto - Desce pela porta dos fundos e abre a porta de vidro. Não deixa ninguém te ver pelo amor de Deus. - Eu disse olhando o corredor.
Justin me puxou e fechou a porta, selando nossos lábios. Aquele garoto era um idiota mas era um gostoso. Tranquei a porta atras de mim.
Ele ergueu minhas pernas e me jogou na cama ficando por cima de mim. Abri os botões de sua blusa e olhei seu peitoral. Tinha um tubarão desenhado com tinta neon.
-Idiota - Eu disse rindo e voltei a beijar ele.
Suas mãos deslizaram para minha blusa e ele tirou. Logo ele tirou os sapatos e subiu por completo na minha cama de casal. Peguei barra de sua calça e abaixei, o deixando só de cueca. Ele abaixou meu short e começou a me dar leves chupões na barriga enquanto acariciava meus seios por cima do sutiã. Me deu uma lambida por cima da calcinha e eu soltei um gemido fraco. Filho da puta.
Logo eu o deitei e fiquei por cima. Rocei minha intimidade na dele e já o senti completamente duro. Mordia seu pescoço de leve e deixava chupões por todos os cantos. Se fosse pra transar, eu ia transar direito.
Ele ergueu as mãos pelas minhas costas e retirou meu sutiã. Chupava meus seios como se fossem doces e deixava várias marcas por ali. Fui descendo em direção a sua cueca e abaixei, dando de cara com aquele penis enorme. Dei uma lambida da base até a cabeça e Justin gemeu
-Não fode Mary - Ele disse
-Tarde demais - Eu disse
Comecei a chupar de leve até conseguir colocar metade na boca. Já estava morrendo engasgada quando ele me ergueu e me colocou sentada na escrivaninha, abrindo minhas pernas e se encaixando no meio. Ele me olhou, praticamente como se perguntasse "pode?". Lhe dei uma puxada leve como se concordasse. Logo ele começou as estocadas de leve que já estavam me levando à loucura. Segurava os gemidos lembrando que meu pai estava a dois quartos de distância de mim. Justin começou a fazer movimentos rápidos e estava praticamente impossível segurar os gemidos. Ele gemia baixinho no meu ouvido entre os beijos e aquilo ia me deixando louca. Senti minhas pernas fraquejarem e agarrei minhas unhas em seu ombro. Quando me senti perto de gozar Justin tirou seu membro de mim. O xinguei em silêncio enquanto ele me colocava na cama novamente. Lá ele abriu minhas pernas e começou a fazer movimentos leves com a língua. Eu agarrava o edredom com toda minha força e me segurava pra conter os gemidos. Minhas pernas fraquejaram e eu cheguei ao meu ápice, enquanto Justin ainda me chupava. Ele entrou em mim fazendo meu orgasmo aumentar e deu algumas estocadas até que também gozou. Deitamos os dois, mortos de cansados e ficamos por alguns minutos encarando o teto ofegantes.
-Filho da puta - Eu disse e ele começou a rir
-O que ?
-A gente acabou de fuder com meu pai em casa. Se ele entra aqui eu nem sei o que acontece. - Disse eu rindo dessa vez
-Vem dizer que não valeu a pena - Ele disse se virando pra mim
-Cala a boca - Eu disse dando um empurrão de leve.
Fui começando a cochilar e logo caí no sono profundo.
Acordei na manhã seguinte, tomei banho e estava prestes a entrar no quarto pelada quando vi Justin se levantar da cama. Puta merda.
-Espera, você não foi embora ontem à noite? - Perguntei
-Não - Ele disse com a cara de lerdo total
-Puta merda meu pai. - Eu disse correndo no closet pegando um vestido e o colocando no corpo correndo, colocando a calcinha só depois. - Veste sua roupa, vou tentar te colocar pra fora.
Ele se vestia enquanto eu sai e tranquei a porta do quarto. Olhei pela escada e meu pai estava no escritório com dois homens. Sócios, claro. Peguei Justin pelo braço e corri com ele para a escada dos fundos, levei ele até seu carro. Chegando lá ele me deu um tapa na bunda e uma piscadela.
-Ate qualquer hora garota sereia. - Ele disse
-Até garoto Tubarão.
E ele deu a partida. Subi correndo e arrumei todo o quarto, inclusive minha escrivaninha que estava toda bagunçada. Peguei meu celular e Justin tinha mandado uma mensagem.
"Ei sua calcinha de ontem ficou dentro do meu tênis"
Soltei uma gargalhada tão alta que meu pai entrou no quarto
-Bom dia flor do dia. O que foi de tão engraçado?
-Nada - Disse levando um susto com ele - Jane me contando sobre o que aconteceu ontem depois que saí da festa
-Chegou em casa que horas mesmo?
-Antes de 00:00 estava aqui pai, mas fiquei vestida até a hora que você chegou porque estava com preguiça - Ri um pouco - e o senhor?
-Por volta de 1:15. O almoço vai ser servido em 10 minutos.
Ele disse e saiu. Finalmente peguei meu celular e respondi Justin.
"Puta merda não tem como me deixar com mais vergonha do que isso"
Logo ele me respondeu
"Vergonha é uma das coisas que você não deve ter. Essa calcinha é minha agora"
"Idiota" respondi rindo.
domingo, 23 de abril de 2017
Tinta neon - Valentine's Day
Justin ergueu os olhos do celular como se acabasse de levar um susto e me olhou com os olhos arregalados.
-Oi Ramiréz - Disse ele se referindo ao meu sobrenome.
-Mesa 34 - Eu disse e ele olhou no computador me dizendo o valor, lhe dei o dinheiro e ele começou a contar o troco.
-Gabriel disse que não vai deixar o tapa barato - Ele disse
-Virou mensageiro dele? - Perguntei grossa
-Não, só não achei que ele está certo. Ele mereceu.
-Isso seria você concordando comigo? A próxima seria o Papa casar
-Aproveita que estou de bom humor - Ele disse me dando o dinheiro
-Aproveita que ainda não te bati que nem em seu amigo - Eu disse
-Ele não é meu amigo. E ele tinha razão - Ele falou
-Sobre o que? Gabriel só fala besteira já sei até...-comecei a falar e ele me interrompeu
-Sobre sua bunda, tinha ficado mesmo ótima no short - Ele disse com um sorriso malicioso e eu senti a ira me subir à cabeça
-Vai se fuder - eu disse e voltei pra mesa. - Vamos?
-Vamos - disse meu pai
Fomos para a casa de meu pai, num condomínio na área nobre da cidade. A casa era enorme, tinha jardins e duas áreas de churrasco com piscina, três andares e uma quantidade enorme de moradores, apenas 1, meu pai.
Tinham duas empregadas, um cozinheiro e mais umas 7 pessoas que cuidavam da casa. Totalmente diferente de minha casa.
Eu já havia pensado em vir pra cá, viver com o dinheiro do meu pai e estudar em escolas particulares, minha vida seria bem melhor, mas nunca conseguiria abandonar minha mãe. Ela dava tudo o que podia para eu e meus irmãos, trabalhava dia e noite sem ter tempo nem pra descansar.
Meu pai desceu na porta e deu q chave para o motorista, entramos. Por dentro a casa era linda, digna de novela. A sala de estar e de jantar ficavam no primeiro andar, no segundo ficavam 5 quartos, o dele o meu e os outros três para hóspedes, no terceiro ficava uma "sala de jogos" que sempre que meu pai dava uma festa ficava lotada de seus amigos pessoais e de negócios. Meu pai me disse que estava cansado da viagem e foi deitar. Fui até meu quarto e me joguei na cama.
Meu quarto era enorme, tinha um banheiro dentro, meu closet, a cama e várias estantes de livros que eu amava. Tinha uma escrivaninha e meu computador e a sacada que dava de frente para a área de churrasco. Várias fotos eram espalhadas pelo quarto, minhas, de meus irmãos, de meus pais e de amigos, de todos que fazem parte da minha vida. Eu amava aquele lugar.
Coloquei meu celular na carga e vesti um pijama, me deitei mas não para dormir. Peguei o celular e abri a mensagem do Garoto Tubarão
"Boa noite Mary"
"Boa noite menino que não quer me dizer o nome"
"Tem certeza que quer saber?"
"Absoluta"
"Creio que não" ele disse
"De qualquer jeito é amanhã. Não tem mais desculpa."
"Bem, atras da casa da Sasha tem um jardim com um banquinho azul lá. Podemos nos encontrar lá?"
"Claro" respondi sorrindo sem querer
"Então ok. Me manda mensagem quando chegar na festa, aí a gnt vê como fica isso, pode ser né?"
"Por mim está ótimo. Se eu não encontrar te mando mensagem pedindo ajuda."
"Tá bom. Escola amanhã?"
"Creio que sim. Nos vemos. Quer dizer, você me vê, eu provavelmente vou passar sem ver"
"Para de drama, amanhã a gnt conversa haha."
"Eu vou dormir, até amanhã"
"Até"
E eu dormi.
Acordei no dia seguinte atrasada. Resolvi que iria faltar aula. Desci e falei com Júlio, o cozinheiro. Ele tinha no máximo uns 20 anos e cozinhava maravilhosamente bem.
-Bom dia Júlio.
-Bom dia srta. Maribeth. O que quer hoje?
-Só Mary por favor - rimos - panqueca pode ser.
E ele foi fazer. Júlio era engraçado e me fazia companhia sempre que meu pai não estava. Contava sua vida, das festas e das garotas enquanto cozinhava, e me fazia companhia porque sabia o quanto eu acho deprimente comer sozinha.
Quando terminei meu pai desceu as escadas de bermuda e chinelos. Era a claramente um dia de descanso pra ele.
-Bom dia flor do dia - Ele disse se sentando ao meu lado - Bom dia Júlio.
-Bom dia - Dissemos em uníssono
-Quero panquecas também - Papai disse e Júlio foi preparar. - Não foi para a escola hoje?
-Não, acordei atrasada e resolvi passar o dia por aqui. - Eu disse
-Podia ter me avisado, eu iria me programar pra isso.
-Não se preocupe, hoje vou fazer umas compras pra uma festa que vai ter hoje à noite.
-Bem, já que é assim, vou para a festa do meu sócio no sul da cidade. Volto por volta das 1h da manhã, e quero você aqui ok? - ele disse e eu assenti- quer que o motorista te leve?
-Quero sim. Bem, vou ligar pra Jane e ela deve vim passar a tarde comigo.
-Tranquilo. Bem, vou resolver uns negócios no escritório lá fora, qualquer coisa estou lá. - Ele pegou as panquecas me deu um beijo na testa e foi.
-Ele não descansa nem quando pode né? - disse Júlio
-É.. - respondi
Meu pai sempre fora assim. Ele era um amor, me tratava como uma rainha mas sempre que tinha um tempo livre trabalhava. Passava todos os momentos trabalhando e quando não tinha que trabalhar ia para festas com sócios e acabava falando de mais negócios. Era deprimente.
Sentei na sala e liguei no canal de música, bem alto e fiquei ouvindo e dançando. De repente meu celular tocou e vi o nome de Jane na tela.
-Oi amiga - eu disse
-Oi, e aí, tá fechado eu aí depois da aula?
-Sim, eu vou passar aí na escola na hora da saída e vamos pro shopping ok?
-Super. Você perdeu meninaaaa
-O que aconteceu?
-Bieber deu uma surra no Gabriel. E adivinha o porque?
-Puta que pariu porque?
-Gabriel disse que ele era um viadinho que se apaixonava pela primeira piranha que aparece
-Não sei qual dos dois é mais babaca - respondi
-Os dois - ela disse e riu - bem, faltam meia hora pra acabar aqui, até já.
-Até já. - e desliguei
Vesti um short e uma blusa e fui até o motorista que me levou até a escola. Chegando lá ainda faltavam alguns minutos e eu estava morrendo de sede.
-Vou beber uma água, quer alguma coisa? - Perguntei
-Não, obrigado senhorita.
Corri até o bebedouro e ouvi uma conversa vindo no corredor. Gabriel.
-Justin não honra os códigos de amizade. Tanta piranha por aí e ele quer logo ela. - Ele dizia com uma certa dificuldade
-Relaxa, cara - Era a voz de Ryan - Não é o fim do mundo lerdao.
-Me chama de lerdao e eu te espanco - Gabriel disse e Ryan começou a rir
-Você é burro? Tá incapacitado, andando cheio de dor com a cara toda inchada e ainda quer pagar de valentão? Vai se fuder - Ele disse e ouvi seus passos ficarem mais próximos. Ele passou atras de mim e me deu um sorriso fraco.
Entrei no corredor do outro lado para não me encontrar com Gabriel e olhei pra trás. Lá estava ele se apoiando em tudo o que conseguia alcançar, roxo e com os olhos inchados. Bieber tinha lhe dado uma surra daquelas.
O sino tocou e eu fiquei encostada na porta. Vi Jane e Lucas de longe e eles vieram até mim.
-Tem certeza que não vai com a gente Lucas? - Perguntei
-Quero uma longa tarde de sono pra virar a noite maravilhoso hoje. Se não for pra dar PT 7 vezes eu nem saio de casa- Ele disse e nós rimos
-Então vamos indo - Eu disse e nos despedimos dele.
Entramos no carro e fomos pro shopping. Pedi que o motorista voltasse pra casa que eu ligava quando fosse embora. Almoçamos e fizemos nossa tarde de "mulherzinhas". Compramos as roupas da noite e quando ligamos para o motorista nos buscar eu lembrei da bendita tinta.
Corremos até a loja de fantasias e q vendedora me deu uma verde neon. Pagamos e entramos no carro.
Chegando em casa já eram 17:30 então tomamos banho e começamos a nos arrumar. Eu coloquei um cropped branco, um short jeans rasgado e uma bota marrom clara com um colete florido marrom bem fino que era mais longo que meu próprio short. Fiz uma maquiagem simples com delineado e deixei minhas longas madeixas castanhas soltas com babyliss. Peguei a tinta neon e fiz pontinhos nos braços e com a ajuda de Jane fiz risquinhos de "guerra" no rosto.
Quando terminamos já eram 20:30 então avisei meu pai e saí. Chegando lá a casa estava cheia de adolescentes bêbados e dançando. Logo vi Lucas no meio de uma roda com uma garrafa de tequila e umas dez pessoas ao seu redor gritando "vira vira vira". Peguei meu celular e tinha uma mensagem do garoto.
"Estou na Sasha"
Estremeci. Eu estava tão louca para descobrir que respondi na hora.
"Cheguei, jardim banco azul?"
E ele respondeu na hora.
"Estou sentado nele"
Mostrei para Jane, que ajeitou meu cabelo e me deu uma dose de vodka. Tomei coragem e mais umas 3 doses para começar a procurar o caminho. Encontrei uns amigos no caminho mas dava "oi" tão rápido que nem percebiam que eu estava ali. Passei pela multidão de adolescentes e achei uma trilha de pedras até a parte de trás da casa. Peguei meu celular e mandei:
"Chegando"
-Oi Ramiréz - Disse ele se referindo ao meu sobrenome.
-Mesa 34 - Eu disse e ele olhou no computador me dizendo o valor, lhe dei o dinheiro e ele começou a contar o troco.
-Gabriel disse que não vai deixar o tapa barato - Ele disse
-Virou mensageiro dele? - Perguntei grossa
-Não, só não achei que ele está certo. Ele mereceu.
-Isso seria você concordando comigo? A próxima seria o Papa casar
-Aproveita que estou de bom humor - Ele disse me dando o dinheiro
-Aproveita que ainda não te bati que nem em seu amigo - Eu disse
-Ele não é meu amigo. E ele tinha razão - Ele falou
-Sobre o que? Gabriel só fala besteira já sei até...-comecei a falar e ele me interrompeu
-Sobre sua bunda, tinha ficado mesmo ótima no short - Ele disse com um sorriso malicioso e eu senti a ira me subir à cabeça
-Vai se fuder - eu disse e voltei pra mesa. - Vamos?
-Vamos - disse meu pai
Fomos para a casa de meu pai, num condomínio na área nobre da cidade. A casa era enorme, tinha jardins e duas áreas de churrasco com piscina, três andares e uma quantidade enorme de moradores, apenas 1, meu pai.
Tinham duas empregadas, um cozinheiro e mais umas 7 pessoas que cuidavam da casa. Totalmente diferente de minha casa.
Eu já havia pensado em vir pra cá, viver com o dinheiro do meu pai e estudar em escolas particulares, minha vida seria bem melhor, mas nunca conseguiria abandonar minha mãe. Ela dava tudo o que podia para eu e meus irmãos, trabalhava dia e noite sem ter tempo nem pra descansar.
Meu pai desceu na porta e deu q chave para o motorista, entramos. Por dentro a casa era linda, digna de novela. A sala de estar e de jantar ficavam no primeiro andar, no segundo ficavam 5 quartos, o dele o meu e os outros três para hóspedes, no terceiro ficava uma "sala de jogos" que sempre que meu pai dava uma festa ficava lotada de seus amigos pessoais e de negócios. Meu pai me disse que estava cansado da viagem e foi deitar. Fui até meu quarto e me joguei na cama.
Meu quarto era enorme, tinha um banheiro dentro, meu closet, a cama e várias estantes de livros que eu amava. Tinha uma escrivaninha e meu computador e a sacada que dava de frente para a área de churrasco. Várias fotos eram espalhadas pelo quarto, minhas, de meus irmãos, de meus pais e de amigos, de todos que fazem parte da minha vida. Eu amava aquele lugar.
Coloquei meu celular na carga e vesti um pijama, me deitei mas não para dormir. Peguei o celular e abri a mensagem do Garoto Tubarão
"Boa noite Mary"
"Boa noite menino que não quer me dizer o nome"
"Tem certeza que quer saber?"
"Absoluta"
"Creio que não" ele disse
"De qualquer jeito é amanhã. Não tem mais desculpa."
"Bem, atras da casa da Sasha tem um jardim com um banquinho azul lá. Podemos nos encontrar lá?"
"Claro" respondi sorrindo sem querer
"Então ok. Me manda mensagem quando chegar na festa, aí a gnt vê como fica isso, pode ser né?"
"Por mim está ótimo. Se eu não encontrar te mando mensagem pedindo ajuda."
"Tá bom. Escola amanhã?"
"Creio que sim. Nos vemos. Quer dizer, você me vê, eu provavelmente vou passar sem ver"
"Para de drama, amanhã a gnt conversa haha."
"Eu vou dormir, até amanhã"
"Até"
E eu dormi.
Acordei no dia seguinte atrasada. Resolvi que iria faltar aula. Desci e falei com Júlio, o cozinheiro. Ele tinha no máximo uns 20 anos e cozinhava maravilhosamente bem.
-Bom dia Júlio.
-Bom dia srta. Maribeth. O que quer hoje?
-Só Mary por favor - rimos - panqueca pode ser.
E ele foi fazer. Júlio era engraçado e me fazia companhia sempre que meu pai não estava. Contava sua vida, das festas e das garotas enquanto cozinhava, e me fazia companhia porque sabia o quanto eu acho deprimente comer sozinha.
Quando terminei meu pai desceu as escadas de bermuda e chinelos. Era a claramente um dia de descanso pra ele.
-Bom dia flor do dia - Ele disse se sentando ao meu lado - Bom dia Júlio.
-Bom dia - Dissemos em uníssono
-Quero panquecas também - Papai disse e Júlio foi preparar. - Não foi para a escola hoje?
-Não, acordei atrasada e resolvi passar o dia por aqui. - Eu disse
-Podia ter me avisado, eu iria me programar pra isso.
-Não se preocupe, hoje vou fazer umas compras pra uma festa que vai ter hoje à noite.
-Bem, já que é assim, vou para a festa do meu sócio no sul da cidade. Volto por volta das 1h da manhã, e quero você aqui ok? - ele disse e eu assenti- quer que o motorista te leve?
-Quero sim. Bem, vou ligar pra Jane e ela deve vim passar a tarde comigo.
-Tranquilo. Bem, vou resolver uns negócios no escritório lá fora, qualquer coisa estou lá. - Ele pegou as panquecas me deu um beijo na testa e foi.
-Ele não descansa nem quando pode né? - disse Júlio
-É.. - respondi
Meu pai sempre fora assim. Ele era um amor, me tratava como uma rainha mas sempre que tinha um tempo livre trabalhava. Passava todos os momentos trabalhando e quando não tinha que trabalhar ia para festas com sócios e acabava falando de mais negócios. Era deprimente.
Sentei na sala e liguei no canal de música, bem alto e fiquei ouvindo e dançando. De repente meu celular tocou e vi o nome de Jane na tela.
-Oi amiga - eu disse
-Oi, e aí, tá fechado eu aí depois da aula?
-Sim, eu vou passar aí na escola na hora da saída e vamos pro shopping ok?
-Super. Você perdeu meninaaaa
-O que aconteceu?
-Bieber deu uma surra no Gabriel. E adivinha o porque?
-Puta que pariu porque?
-Gabriel disse que ele era um viadinho que se apaixonava pela primeira piranha que aparece
-Não sei qual dos dois é mais babaca - respondi
-Os dois - ela disse e riu - bem, faltam meia hora pra acabar aqui, até já.
-Até já. - e desliguei
Vesti um short e uma blusa e fui até o motorista que me levou até a escola. Chegando lá ainda faltavam alguns minutos e eu estava morrendo de sede.
-Vou beber uma água, quer alguma coisa? - Perguntei
-Não, obrigado senhorita.
Corri até o bebedouro e ouvi uma conversa vindo no corredor. Gabriel.
-Justin não honra os códigos de amizade. Tanta piranha por aí e ele quer logo ela. - Ele dizia com uma certa dificuldade
-Relaxa, cara - Era a voz de Ryan - Não é o fim do mundo lerdao.
-Me chama de lerdao e eu te espanco - Gabriel disse e Ryan começou a rir
-Você é burro? Tá incapacitado, andando cheio de dor com a cara toda inchada e ainda quer pagar de valentão? Vai se fuder - Ele disse e ouvi seus passos ficarem mais próximos. Ele passou atras de mim e me deu um sorriso fraco.
Entrei no corredor do outro lado para não me encontrar com Gabriel e olhei pra trás. Lá estava ele se apoiando em tudo o que conseguia alcançar, roxo e com os olhos inchados. Bieber tinha lhe dado uma surra daquelas.
O sino tocou e eu fiquei encostada na porta. Vi Jane e Lucas de longe e eles vieram até mim.
-Tem certeza que não vai com a gente Lucas? - Perguntei
-Quero uma longa tarde de sono pra virar a noite maravilhoso hoje. Se não for pra dar PT 7 vezes eu nem saio de casa- Ele disse e nós rimos
-Então vamos indo - Eu disse e nos despedimos dele.
Entramos no carro e fomos pro shopping. Pedi que o motorista voltasse pra casa que eu ligava quando fosse embora. Almoçamos e fizemos nossa tarde de "mulherzinhas". Compramos as roupas da noite e quando ligamos para o motorista nos buscar eu lembrei da bendita tinta.
Corremos até a loja de fantasias e q vendedora me deu uma verde neon. Pagamos e entramos no carro.
Chegando em casa já eram 17:30 então tomamos banho e começamos a nos arrumar. Eu coloquei um cropped branco, um short jeans rasgado e uma bota marrom clara com um colete florido marrom bem fino que era mais longo que meu próprio short. Fiz uma maquiagem simples com delineado e deixei minhas longas madeixas castanhas soltas com babyliss. Peguei a tinta neon e fiz pontinhos nos braços e com a ajuda de Jane fiz risquinhos de "guerra" no rosto.
Quando terminamos já eram 20:30 então avisei meu pai e saí. Chegando lá a casa estava cheia de adolescentes bêbados e dançando. Logo vi Lucas no meio de uma roda com uma garrafa de tequila e umas dez pessoas ao seu redor gritando "vira vira vira". Peguei meu celular e tinha uma mensagem do garoto.
"Estou na Sasha"
Estremeci. Eu estava tão louca para descobrir que respondi na hora.
"Cheguei, jardim banco azul?"
E ele respondeu na hora.
"Estou sentado nele"
Mostrei para Jane, que ajeitou meu cabelo e me deu uma dose de vodka. Tomei coragem e mais umas 3 doses para começar a procurar o caminho. Encontrei uns amigos no caminho mas dava "oi" tão rápido que nem percebiam que eu estava ali. Passei pela multidão de adolescentes e achei uma trilha de pedras até a parte de trás da casa. Peguei meu celular e mandei:
"Chegando"
Garoto Tubarão - Valentine's Day
Acordei na manhã seguinte atrasada, tomei um banho rápido e vesti a primeira roupa que vi pela frente. Desci a tempo de pegar uma maçã e entrar correndo no carro com os gêmeos que faltavam me xingar pelo meu atraso. Chegando. A escola logo a ganguezinha sem noção do Bieber já estava na porta, todos com suas caras de idiota e várias garotas ao redor. Pelo menos alguém tinha dado certo com o tal aplicativo de paquera escolar.
Logo me lembrei, peguei o celular correndo e lá estava minha mensagem.
"Bom dia! Vai pra escola hoje?"
Respondi o mais rápido que pude
"Já estou aqui, me atrasei hoje mas vim. E você tubarão?"
Não deu nem 5 segundos eu recebi a resposta
"Estou aqui já. Boa aula sereia"
"Pra você também. Conversamos mais tarde?" Eu disse sem querer parecer doida mas já parecendo
"Claro, no intervalo te mando mensagem por aqui" Ele disse
Eu estava decepcionada, não vou mentir. Queria conhecer ele, qual é estamos na mesma escola, não estamos há mais de 500 metros de distância, isso é certeza.
Pensava enquanto passava pelos meninos e escutei o grito estrondoso de Gabriel.
-Mary esse short destacou sua bunda hein, gostosa!
Olhei querendo o matar com a força da mente. Vi Lucas descer de seu carro mas não havia tempo pra ele me segurar.
Andei o mais rápido que pude até Gabriel e lhe dei um tapa na cara tão forte que todos os garotos e garotas que estavam perto se viraram para olhar.
-Vai falar da bunda da sua mãe, nojento. - Eu disse e me retirei.
Logo ouvi os "ooooou" "vaaai otario" dos amigos dele, mas não tive tempo de olhar pra trás, Lucas me pegou pelo braço e apertou o passo para a sala de aula comigo.
-O que deu em você Mary? Tá doida? - Ele disse enquanto sentava na cadeira ao meu lado
-Eu não aguento mais o babaca do Gabriel. Ele acha que só porque tivemos alguma coisa algum dia ele tem um passe livre pra me encher o saco. Sorte dele que ele estava com o grupinho nojento dele, porque eu queria soltar umas poucas e boas ali - Eu disse mais rápido do que o normal
-Se acalma, toma isso - Ele me disse me dando a garrafa de água e eu bebi.
-Puta que pariu, o que que têm aqui? Tá ardendo até minha alma - Eu disse depois de dois goles enormes
-Vodka. Como você acha que eu sobrevivo um dia sem berrar com a primeira pessoa que aparece na minha frente? - Ele disse rindo e eu ri. Tomei mais uns três goles e devolvi pra ele, que guardou na mochila e me deu uma bala pra espantar o hálito de bebida.
Logo a aula começou e eu não estava nem um pouco afim de assistir. O professor resolveu passar um filme de 2 horas e meia de duração, o que me fez querer morrer. As luzes se apagaram e eu coloquei a mochila na mesa, ficando apenas com a luz do celular lá dentro. Abri o aplicativo onde estava minha conversa com o "garoto tubarão" e não hesitei em mandar
"Ei, tá aonde agora? Tô numa aula bem lixo, a gente podia se encontrar no pátio."
Eu me sentava ao lado da porta, e quando apertei o "enviar" escutei um "plim" vindo de lá. Ele estava passando no corredor.
Levantei que nem uma louca, fui na mesa do professor, que já estava no décimo quinto sono e o cutuquei.
-Posso ir ao banheiro?
-Vá - ele disse, com raiva por ter lhe acordado.
Sai correndo e antes de passar pela porta Lucas segurou meu braço me olhando como se eu estivesse louca.
-Ouvi o barulho do aplicativo pela porta na hora que mandei mensagem. O cara tá no corredor. - eu disse e ele pareceu 30 vezes mais animado que eu, me deu um empurrãozinho pra correr.
Abri a porta e vi de longe a sombra virando no corredor que dava nos banheiros. Corri o mais rápido que pude e vi apenas à beira do tênis entrando pelo banheiro masculino. Merda.
Entrei no banheiro feminino e fiquei de "plantão" na porta enquanto esperava alguém passar para voltar. Peguei meu celular e vi a resposta do garoto.
"Não acho uma boa ideia, não agora pelo menos"
E minha animação logo se desfez. Ele não queria me ver, merda. E eu estava ao lado do banheiro dele. Mandei uma mensagem apenas pra ter certeza.
"Ah sim, ok"
E escutei o "plim" logo em seguida vindo do banheiro ao lado. Era ele certeza.
"Na festa da Sasha, pode ser?" Ele mandou. Merda meu celular não estava no silencioso.
-Maribeth, sabe muito bem que não é permitido sair de sala para mexer no celular. Intervalos querida. - Disse a inspetora passando pelo corredor e parando dentro do banheiro me olhando.
-Desculpe é uma emergência. - Falei de prontidão
-Infelizmente vou ter que te levar para a diretoria, vamos.
Fui seguindo ela e sem que ela visse respondi o garoto
"Tranquilo"
Levei uma advertência e não consegui chegar nem perto de descobri quem era. Se ele fosse esperto teria muito bem escutado a inspetora dizer "Maribeth" bem alto.
Voltei pra sala com o papel e sentei na mesa, tendo que receber um olhar de expectativa de Lucas.
-E aí, quem é??
-No momento, uma advertência e um encontro na festa da Sasha. - Ele me olhou com interrogação e eu expliquei o que havia acontecido.
-Burra, podia ter entrado do banheiro só pra ver quem era.
-Se eu entro no banheiro masculino do nada ele vai pensar que sou uma louca. A festa da Sasha é amanhã de qualquer jeito, não falta muito. - Eu disse tentando não parecer uma total idiota.
Olhei pra trás e vi Jane em sono profundo no final da sala. Joguei uma bola de papel, o que a fez acordar e se juntar a nós no começo da sala. Contei tudo a ela.
-Parece que temos alguém interessada, não acha Lucas? - Ela disse sarcástica.
-Tenho certeza - Ele afirmou
-Estou curiosa. Vem dizer que você não ficou curioso pra saber quem tinha dado pra você? - Eu disse para Lucas
-Sim mas eu perguntei logo, vocês ficam se enrolando. - Ele disse na defensiva
-Na boa, vai ser um dos caras do clube de teatro, super misteriosos. - Disse Jane
-Sai doida, se você acerta uma dessas eu começo a acreditar em bruxas - Eu disse rindo
-Para - ela disse me dando um leve empurrão no ombro e rindo comigo.
O sinal do intervalo tocou e fomos para o refeitório, Jane e Chris ficaram na mesa enquanto eu e Lucas fomos comprar chips e suco. Voltamos os dois estavam rindo e Chris me encarando com um sorrisinho no rosto.
-Jane você tem que aprender a guardar meus segredos. - Eu disse de prontidão.
-Qual é Mary, manda a real pra esse cara. Fala que quer saber quem é. - Chris disse
-Deixa ela - Lucas disse obviamente com ciúmes. Ele odiava não ser o único garoto da mesa, ou mesmo o único amigo nosso.
-Concordo com Lucas, eu não vou atras. Estou ganhando um amigo, não vou pressionar o cara, vai que nem isso ele quer ser meu. - Eu disse
-Vai que ele quer ser mais que isso? -Jane disse jogando uma batatinha em mim.
-Te odeio - Eu disse rindo e jogando a batata de volta.
-Mandou bem hoje Mary, Gabriel estava merecendo aquele tapa há tempos. O cara já estava irritando, desde ontem só sabe encher o saco dos meninos por causa do aplicativo, ele não se inscreveu e acha que pode encher os que entraram - Chris disse.
-Babaca - Lucas falou
-Se arrependimento matasse eu estaria bebendo alvejante desde quando conheci aquele garoto - Eu disse
Por falar nele, ele passou bem na hora com os garotos. Justin e Ryan grudados no celular. Logo meu celular vibrou e me deu um frio na espinha.
"Maribeth? Ouvi a inspetora haha"
Merda.
"Injusto, você sabe quem sou e eu não faço a menor ideia de quem seja." Eu disse fazendo biquinho pro celular mas querendo me enterrar num buraco.
"Não sei se você iria gostar de saber quem é. Bem, de qualquer maneira já é amanhã certo? Não tem muito o que fazer" ele respondeu
-Soltem essas merdas, babacas! -Ouvi Gabriel berrar com Ryan e Justin. Justin lhe ergueu o punho, no caminho de lhe dar um murro no rosto. Ryan o segurou e o levou pra longe, todos já olhavam pra cena.
"Sou curiosa, não gosto disso" eu mandei
"Só um dia, não demora nada. Ah, antes que eu me esqueça, você está linda sem maquiagem. " ele mandou
Estremeci. Então ele sabia justamente quem eu era e eu não tinha uma pista. Queria tacar o celular na parede.
"E ah, creio que sua blusa está ao contrário, jurava que o filtro dos sonhos era pra ter ficado na frente haha" ele mandou completando a mensagem.
Olhei pra baixo e vi que estava realmente ao contrário, merda. Sai correndo e fui no banheiro virar, já bastavam as aulas que passei assim.
Voltei pra mesa e continuei comento, apenas respondi
"Não sei se te agradeço ou se enfio minha cara num buraco"
"Acontece haha" ele respondeu.
O sino tocou e voltamos pra sala. As aulas passaram rápido e saímos logo, me despedi de Jane que foi encontrar Chris e fui de carro com Lucas pra casa. Chegando lá peguei o dinheiro no pote de minha mãe e fui almoçar, como sempre.
Voltei pra casa e passei a tarde no tédio, afim de fazer qualquer coisa que não fosse escutar os gêmeos brigando pelos jogos no xbox. Recebi uma ligação de meu pai.
-Alô Maribeth? Como está meu amor?
-Tô bem pai, e o senhor?
-Tudo nos conformes. Estou saindo do aeroporto agora, quer vir passar o fim de semana por aqui? Se quiser te busco em 20 minutos e você vem.
-Pode ser, mas e a escola amanhã?
-Peço para o motorista te levar.
-Okay, vou arrumar as coisas por aqui.
-Ok, avise sua mãe, não quero ela preocupada com você.
-Vou avisar, até já.
-Até.
E desliguei. Subi e arrumei apenas alguns materiais e uma roupa básica se meu pai quisesse sair por agora. Mandei mensagem para minha mãe e entrei no banho. Vesti um vestido azul simples e uma sandália aberta, fiz um delineado e passei rímel e desci as escadas para esperar meu pai lá embaixo.
Eu sempre me arrumava um pouquinho para ver meu pai. Ele mal aparecia uma vez por mês e me ver acabada não era exatamente maravilhoso. Não peguei roupas porque tinha mais do que o suficiente em sua casa e ele sempre me trazia presentes. Vi seu carro parado pela janela e acenei. Subi as escadas e entrei no quarto dos gêmeos.
-Ei, vou passar o fim de semana com meu pai, tô indo. Não se matem até minha mãe chegar, por favor - Eu disse e eles me olharam cada um com sua cara de irritado, e Daniel revirou os olhos concordando.
Corri até a porta e abri, vi meu pai saindo do carro e lhe dei um abraço.
-Como esta minha garota? - Ele falou enquanto eu tava a volta para entrar no carro.
-Bem, se com sono, cheia de matérias e estressada conta como bem. - Eu disse rindo
-Ensino médio faz isso com a gente. Logo passa - Ele disse dando a partida no carro. - Lhe trouxe um presente. Mas só sábado.
-Sabe que sou curiosa.
-Na verdade é pra ficar curiosa mesmo. Vamos jantar?
Assenti e ele seguiu até o restaurante que sempre vamos, o Bieber's. O restaurante mais rebuscado da cidade, da família de Justin. Sua mãe era dona e era super simpática, ela e meu pai sempre fechavam negócios, e acabaram virando amigos. Entramos e meu pai tirou o paletó e deixando no carro.
Pedi meu prato favorito lá, strogonoff, e meu pai pediu algo com frutos do mar, não me lembro bem o nome mas parecia francês italiano russo. Não entendia mesmo o nome do prato.
Peguei meu celular e vi que tinha mensagem do garoto tubarão
"Ei, o que acha de combinarmos algo? Tipo, uma fitinha azul no braço sei lá. "
"Claro, o que sugere?" Respondi e em menos de um minuto sua resposta chegou
"Que tal aquelas pinturas de neon? É uma festa noturna e no Coachella tem bastante."
"Tudo bem então, eu vou por compaixão porque você já sabe quem sou haha " mandei
"Então estamos combinados. Mal posso esperar pra te ver, você já é linda na escola e não me recordo de te ver em festas"
"Não gosto de festas. Na verdade eu não sei nem como me arrumar pra uma, vai ser complicado, acho haha"
"Vai dar certo, você já ficaria linda se fosse de uniforme da educação física."
"Meu sonho" mandei
"Sua realidade" ele mandou
Guardei o celular e meu pai me deu dinheiro para pagar a conta no caixa e me deparei com Bieber no celular vestindo um terninho preto com gravata azul.
-Oi Bieber - Disse
Logo me lembrei, peguei o celular correndo e lá estava minha mensagem.
"Bom dia! Vai pra escola hoje?"
Respondi o mais rápido que pude
"Já estou aqui, me atrasei hoje mas vim. E você tubarão?"
Não deu nem 5 segundos eu recebi a resposta
"Estou aqui já. Boa aula sereia"
"Pra você também. Conversamos mais tarde?" Eu disse sem querer parecer doida mas já parecendo
"Claro, no intervalo te mando mensagem por aqui" Ele disse
Eu estava decepcionada, não vou mentir. Queria conhecer ele, qual é estamos na mesma escola, não estamos há mais de 500 metros de distância, isso é certeza.
Pensava enquanto passava pelos meninos e escutei o grito estrondoso de Gabriel.
-Mary esse short destacou sua bunda hein, gostosa!
Olhei querendo o matar com a força da mente. Vi Lucas descer de seu carro mas não havia tempo pra ele me segurar.
Andei o mais rápido que pude até Gabriel e lhe dei um tapa na cara tão forte que todos os garotos e garotas que estavam perto se viraram para olhar.
-Vai falar da bunda da sua mãe, nojento. - Eu disse e me retirei.
Logo ouvi os "ooooou" "vaaai otario" dos amigos dele, mas não tive tempo de olhar pra trás, Lucas me pegou pelo braço e apertou o passo para a sala de aula comigo.
-O que deu em você Mary? Tá doida? - Ele disse enquanto sentava na cadeira ao meu lado
-Eu não aguento mais o babaca do Gabriel. Ele acha que só porque tivemos alguma coisa algum dia ele tem um passe livre pra me encher o saco. Sorte dele que ele estava com o grupinho nojento dele, porque eu queria soltar umas poucas e boas ali - Eu disse mais rápido do que o normal
-Se acalma, toma isso - Ele me disse me dando a garrafa de água e eu bebi.
-Puta que pariu, o que que têm aqui? Tá ardendo até minha alma - Eu disse depois de dois goles enormes
-Vodka. Como você acha que eu sobrevivo um dia sem berrar com a primeira pessoa que aparece na minha frente? - Ele disse rindo e eu ri. Tomei mais uns três goles e devolvi pra ele, que guardou na mochila e me deu uma bala pra espantar o hálito de bebida.
Logo a aula começou e eu não estava nem um pouco afim de assistir. O professor resolveu passar um filme de 2 horas e meia de duração, o que me fez querer morrer. As luzes se apagaram e eu coloquei a mochila na mesa, ficando apenas com a luz do celular lá dentro. Abri o aplicativo onde estava minha conversa com o "garoto tubarão" e não hesitei em mandar
"Ei, tá aonde agora? Tô numa aula bem lixo, a gente podia se encontrar no pátio."
Eu me sentava ao lado da porta, e quando apertei o "enviar" escutei um "plim" vindo de lá. Ele estava passando no corredor.
Levantei que nem uma louca, fui na mesa do professor, que já estava no décimo quinto sono e o cutuquei.
-Posso ir ao banheiro?
-Vá - ele disse, com raiva por ter lhe acordado.
Sai correndo e antes de passar pela porta Lucas segurou meu braço me olhando como se eu estivesse louca.
-Ouvi o barulho do aplicativo pela porta na hora que mandei mensagem. O cara tá no corredor. - eu disse e ele pareceu 30 vezes mais animado que eu, me deu um empurrãozinho pra correr.
Abri a porta e vi de longe a sombra virando no corredor que dava nos banheiros. Corri o mais rápido que pude e vi apenas à beira do tênis entrando pelo banheiro masculino. Merda.
Entrei no banheiro feminino e fiquei de "plantão" na porta enquanto esperava alguém passar para voltar. Peguei meu celular e vi a resposta do garoto.
"Não acho uma boa ideia, não agora pelo menos"
E minha animação logo se desfez. Ele não queria me ver, merda. E eu estava ao lado do banheiro dele. Mandei uma mensagem apenas pra ter certeza.
"Ah sim, ok"
E escutei o "plim" logo em seguida vindo do banheiro ao lado. Era ele certeza.
"Na festa da Sasha, pode ser?" Ele mandou. Merda meu celular não estava no silencioso.
-Maribeth, sabe muito bem que não é permitido sair de sala para mexer no celular. Intervalos querida. - Disse a inspetora passando pelo corredor e parando dentro do banheiro me olhando.
-Desculpe é uma emergência. - Falei de prontidão
-Infelizmente vou ter que te levar para a diretoria, vamos.
Fui seguindo ela e sem que ela visse respondi o garoto
"Tranquilo"
Levei uma advertência e não consegui chegar nem perto de descobri quem era. Se ele fosse esperto teria muito bem escutado a inspetora dizer "Maribeth" bem alto.
Voltei pra sala com o papel e sentei na mesa, tendo que receber um olhar de expectativa de Lucas.
-E aí, quem é??
-No momento, uma advertência e um encontro na festa da Sasha. - Ele me olhou com interrogação e eu expliquei o que havia acontecido.
-Burra, podia ter entrado do banheiro só pra ver quem era.
-Se eu entro no banheiro masculino do nada ele vai pensar que sou uma louca. A festa da Sasha é amanhã de qualquer jeito, não falta muito. - Eu disse tentando não parecer uma total idiota.
Olhei pra trás e vi Jane em sono profundo no final da sala. Joguei uma bola de papel, o que a fez acordar e se juntar a nós no começo da sala. Contei tudo a ela.
-Parece que temos alguém interessada, não acha Lucas? - Ela disse sarcástica.
-Tenho certeza - Ele afirmou
-Estou curiosa. Vem dizer que você não ficou curioso pra saber quem tinha dado pra você? - Eu disse para Lucas
-Sim mas eu perguntei logo, vocês ficam se enrolando. - Ele disse na defensiva
-Na boa, vai ser um dos caras do clube de teatro, super misteriosos. - Disse Jane
-Sai doida, se você acerta uma dessas eu começo a acreditar em bruxas - Eu disse rindo
-Para - ela disse me dando um leve empurrão no ombro e rindo comigo.
O sinal do intervalo tocou e fomos para o refeitório, Jane e Chris ficaram na mesa enquanto eu e Lucas fomos comprar chips e suco. Voltamos os dois estavam rindo e Chris me encarando com um sorrisinho no rosto.
-Jane você tem que aprender a guardar meus segredos. - Eu disse de prontidão.
-Qual é Mary, manda a real pra esse cara. Fala que quer saber quem é. - Chris disse
-Deixa ela - Lucas disse obviamente com ciúmes. Ele odiava não ser o único garoto da mesa, ou mesmo o único amigo nosso.
-Concordo com Lucas, eu não vou atras. Estou ganhando um amigo, não vou pressionar o cara, vai que nem isso ele quer ser meu. - Eu disse
-Vai que ele quer ser mais que isso? -Jane disse jogando uma batatinha em mim.
-Te odeio - Eu disse rindo e jogando a batata de volta.
-Mandou bem hoje Mary, Gabriel estava merecendo aquele tapa há tempos. O cara já estava irritando, desde ontem só sabe encher o saco dos meninos por causa do aplicativo, ele não se inscreveu e acha que pode encher os que entraram - Chris disse.
-Babaca - Lucas falou
-Se arrependimento matasse eu estaria bebendo alvejante desde quando conheci aquele garoto - Eu disse
Por falar nele, ele passou bem na hora com os garotos. Justin e Ryan grudados no celular. Logo meu celular vibrou e me deu um frio na espinha.
"Maribeth? Ouvi a inspetora haha"
Merda.
"Injusto, você sabe quem sou e eu não faço a menor ideia de quem seja." Eu disse fazendo biquinho pro celular mas querendo me enterrar num buraco.
"Não sei se você iria gostar de saber quem é. Bem, de qualquer maneira já é amanhã certo? Não tem muito o que fazer" ele respondeu
-Soltem essas merdas, babacas! -Ouvi Gabriel berrar com Ryan e Justin. Justin lhe ergueu o punho, no caminho de lhe dar um murro no rosto. Ryan o segurou e o levou pra longe, todos já olhavam pra cena.
"Sou curiosa, não gosto disso" eu mandei
"Só um dia, não demora nada. Ah, antes que eu me esqueça, você está linda sem maquiagem. " ele mandou
Estremeci. Então ele sabia justamente quem eu era e eu não tinha uma pista. Queria tacar o celular na parede.
"E ah, creio que sua blusa está ao contrário, jurava que o filtro dos sonhos era pra ter ficado na frente haha" ele mandou completando a mensagem.
Olhei pra baixo e vi que estava realmente ao contrário, merda. Sai correndo e fui no banheiro virar, já bastavam as aulas que passei assim.
Voltei pra mesa e continuei comento, apenas respondi
"Não sei se te agradeço ou se enfio minha cara num buraco"
"Acontece haha" ele respondeu.
O sino tocou e voltamos pra sala. As aulas passaram rápido e saímos logo, me despedi de Jane que foi encontrar Chris e fui de carro com Lucas pra casa. Chegando lá peguei o dinheiro no pote de minha mãe e fui almoçar, como sempre.
Voltei pra casa e passei a tarde no tédio, afim de fazer qualquer coisa que não fosse escutar os gêmeos brigando pelos jogos no xbox. Recebi uma ligação de meu pai.
-Alô Maribeth? Como está meu amor?
-Tô bem pai, e o senhor?
-Tudo nos conformes. Estou saindo do aeroporto agora, quer vir passar o fim de semana por aqui? Se quiser te busco em 20 minutos e você vem.
-Pode ser, mas e a escola amanhã?
-Peço para o motorista te levar.
-Okay, vou arrumar as coisas por aqui.
-Ok, avise sua mãe, não quero ela preocupada com você.
-Vou avisar, até já.
-Até.
E desliguei. Subi e arrumei apenas alguns materiais e uma roupa básica se meu pai quisesse sair por agora. Mandei mensagem para minha mãe e entrei no banho. Vesti um vestido azul simples e uma sandália aberta, fiz um delineado e passei rímel e desci as escadas para esperar meu pai lá embaixo.
Eu sempre me arrumava um pouquinho para ver meu pai. Ele mal aparecia uma vez por mês e me ver acabada não era exatamente maravilhoso. Não peguei roupas porque tinha mais do que o suficiente em sua casa e ele sempre me trazia presentes. Vi seu carro parado pela janela e acenei. Subi as escadas e entrei no quarto dos gêmeos.
-Ei, vou passar o fim de semana com meu pai, tô indo. Não se matem até minha mãe chegar, por favor - Eu disse e eles me olharam cada um com sua cara de irritado, e Daniel revirou os olhos concordando.
Corri até a porta e abri, vi meu pai saindo do carro e lhe dei um abraço.
-Como esta minha garota? - Ele falou enquanto eu tava a volta para entrar no carro.
-Bem, se com sono, cheia de matérias e estressada conta como bem. - Eu disse rindo
-Ensino médio faz isso com a gente. Logo passa - Ele disse dando a partida no carro. - Lhe trouxe um presente. Mas só sábado.
-Sabe que sou curiosa.
-Na verdade é pra ficar curiosa mesmo. Vamos jantar?
Assenti e ele seguiu até o restaurante que sempre vamos, o Bieber's. O restaurante mais rebuscado da cidade, da família de Justin. Sua mãe era dona e era super simpática, ela e meu pai sempre fechavam negócios, e acabaram virando amigos. Entramos e meu pai tirou o paletó e deixando no carro.
Pedi meu prato favorito lá, strogonoff, e meu pai pediu algo com frutos do mar, não me lembro bem o nome mas parecia francês italiano russo. Não entendia mesmo o nome do prato.
Peguei meu celular e vi que tinha mensagem do garoto tubarão
"Ei, o que acha de combinarmos algo? Tipo, uma fitinha azul no braço sei lá. "
"Claro, o que sugere?" Respondi e em menos de um minuto sua resposta chegou
"Que tal aquelas pinturas de neon? É uma festa noturna e no Coachella tem bastante."
"Tudo bem então, eu vou por compaixão porque você já sabe quem sou haha " mandei
"Então estamos combinados. Mal posso esperar pra te ver, você já é linda na escola e não me recordo de te ver em festas"
"Não gosto de festas. Na verdade eu não sei nem como me arrumar pra uma, vai ser complicado, acho haha"
"Vai dar certo, você já ficaria linda se fosse de uniforme da educação física."
"Meu sonho" mandei
"Sua realidade" ele mandou
Guardei o celular e meu pai me deu dinheiro para pagar a conta no caixa e me deparei com Bieber no celular vestindo um terninho preto com gravata azul.
-Oi Bieber - Disse
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